Sem saber sambar, Virgínia Fonseca vira rainha de bateria e revolta comunidade
- Deyse Melo
- 22 de mai.
- 3 min de leitura
Anúncio causa polêmica: moradores e sambistas dizem que influenciadora “não tem ligação com o
carnaval”. Virgínia admitiu não ter prática no samba.

A influenciadora digital Virgínia Fonseca foi oficialmente apresentada como a nova rainha de bateria da Acadêmicos do Grande Rio, assumindo o posto que foi ocupado por Paolla Oliveira nos últimos sete anos. A decisão da escola de samba gerou euforia nas redes sociais, mas também provocou uma onda de críticas entre sambistas e moradores de Duque de Caxias, sede da agremiação.
Durante entrevista ao portal LeoDias, Virgínia foi questionada sobre suas habilidades no samba no pé. Sem rodeios, ela respondeu com bom humor: "Meio-meio", sinalizando que ainda está no processo de aprendizado. Apesar da inexperiência, a influenciadora garantiu estar empenhada e já iniciou aulas de samba para se preparar para o novo desafio.
Repercussão negativa e críticas da comunidade
A nomeação, no entanto, não foi bem recebida por parte da comunidade carnavalesca e pelos torcedores mais tradicionais da escola. Nas redes sociais, muitos se mostraram incomodados com a falta de ligação de Virgínia com o universo do samba e acusaram a agremiação de priorizar visibilidade e dinheiro em vez da representatividade e tradição.
Mensagens como “Grande Rio vendeu a alma para o Diabo” e “Perdeu todo o respeito” ganharam destaque entre os comentários de internautas indignados. A insatisfação foi tamanha que um abaixo-assinado pedindo sua substituição chegou a ser criado.
Marcela Porto, musa do Carnaval mais conhecida como Mulher Abacaxi, também se manifestou: “Ela deveria ter bom senso e não aceitar. Nada contra. É linda, mas o que ela tem a ver com o samba?”.
Gabriela Lopes, torcedora fervorosa da escola, escreveu: “A escolha da Virgínia é um desrespeito com quem constrói essa cultura há décadas. Ser rainha de bateria é mais do que vestir uma fantasia, é ter história e entrega.”
Outros comentários reforçaram o descontentamento:
“Escolher a sra. Tigrinho em pleno debate sobre apostas foi o maior erro da Grande Rio”, disse Adriano Baracho.
“Ela não representa Duque de Caxias”, completou Kleice Valadão.
“Não faz parte da comunidade e não entende nada de samba”, criticou Fabiola Melo.
A sucessão de Paolla Oliveira
Paolla Oliveira encerra seu reinado à frente da bateria com uma trajetória marcante, que incluiu fantasias icônicas e desfiles memoráveis, como a aparição em homenagem à onça-pintada em 2024 e sua versão de Cleópatra em 2020. A atriz deixou o posto celebrada pela crítica e pelo público.
Virgínia promete entrega e comprometimento
Apesar das críticas, Virgínia se disse emocionada com a nova missão e prometeu se dedicar ao máximo. Em suas redes sociais, celebrou:“É uma honra estar aqui com vocês. Que seja o início de uma história linda. O nosso Carnaval já começou! Toda honra e glória a Deus. 2025 é nosso e 2026 também.”
Ela ainda fez um apelo à comunidade de Duque de Caxias:“Estou aqui para mais esse desafio da minha vida, disposta a aprender. Comunidade, contem com minha dedicação, porque eu conto com a ajuda de vocês.”
Coroação à vista
A coroação oficial de Virgínia Fonseca deve ocorrer ainda este ano na quadra da Grande Rio. Ela fará sua estreia na Marquês de Sapucaí no Carnaval de 2026.
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