Chef de Alto Nível estreia com emoção, eliminações tensas e críticas à participação de Ana Maria Braga
- Deyse Melo
- 16 de jul.
- 4 min de leitura
Novo reality culinário da Globo apresentou provas desafiadoras, eliminou três participantes e gerou debate sobre o papel de Ana Maria Braga na atração

A estreia da nova temporada do “Chef de Alto Nível” deu o que falar — tanto dentro quanto fora das cozinhas do programa. Em um episódio eletrizante, a competição começou em ritmo acelerado, exigindo mais do que técnica dos cozinheiros amadores: houve pressão, improviso e muita emoção. Logo de cara, os participantes enfrentaram provas intensas e eliminações difíceis, que testaram os limites físicos e emocionais dos aspirantes a chef.
Na chamada Fase das Seletivas, 24 competidores foram divididos em grupos de oito. Ao longo do episódio, três provas eliminaram os menos preparados e selecionaram cinco cozinheiros para a próxima etapa, rumo ao prêmio de R$ 500 mil e uma mentoria com os chefs Alex Atala, Renata Vanzetto e Jefferson Rueda.
Almoço de domingo: o desafio afetivo
A primeira prova teve clima nostálgico. Renata Vanzetto desafiou os participantes a prepararem um “almoço de domingo”, trazendo à tona memórias afetivas e sabores familiares. Os competidores tiveram liberdade para escolher sua proteína e ingredientes em uma plataforma abastecida, criando pratos que equilibrassem emoção e técnica.
Enquanto isso, familiares assistiam a tudo de uma sala separada, acompanhando o desempenho de seus entes queridos com lágrimas, torcida e tensão. A primeira eliminação foi inevitável: Erickson Blun, cirurgião digestivo de Ponta Grossa (PR), errou na combinação de sabores e deixou a disputa.
“Doutor, sair da sua zona de conforto e colocar a sua cara aqui, parabéns. Meu máximo respeito”, declarou Alex Atala, ao se despedir do participante.

Simples e saboroso: o teste do dia a dia
A segunda etapa propôs um desafio muito real: cozinhar algo surpreendente após um dia cansativo de trabalho. Sob o comando de Alex Atala, os sete sobreviventes da primeira prova tiveram 40 minutos para impressionar com pratos simples, porém criativos.
Apesar do empenho, Dih Vidal não conseguiu concluir sua receita – um ragu de acém com polenta – e foi a segunda eliminada da noite. Com maturidade, ela refletiu:
“Sentimento de gratidão por ter chegado até aqui. Infelizmente não gostaria de ter sido eliminada. Mas é isso. Gratidão.”

Cozinha do topo e nova eliminação
Na terceira e última prova do episódio, os seis restantes chegaram à moderna cozinha do topo e precisaram preparar um prato digno de chef. O nervosismo tomou conta e um erro técnico marcou a prova: Bruno Sutil esqueceu o sal no molho de tomate, o que lhe rendeu uma dura crítica.
“Se eu não perguntar a justificativa, eu não quero ouvir. Erro é erro”, disparou Alex Atala.
Apesar do deslize, Bruno seguiu na competição, ao lado de Flan, Marina, Luiza e Gilmar.
Júlio Nieps, que apostou em peixe com macarrão e um molho de moqueca, acabou eliminado por falhas no cozimento. O molho de moqueca agradou e foi elogiado, mas o rigattoni, que não atingiu o ponto ideal de cozimento, acabou prejudicando a execução do prato. O participante, tatuador e motorista de aplicativo, ouviu com atenção as observações dos mentores e deixou a competição com dignidade, apesar do resultado negativo.

Críticas à direção e à participação de Ana Maria
Nas redes sociais e na imprensa, a repercussão foi imediata — e polarizada. Muitos elogiaram o nível técnico dos jurados e o dinamismo das provas. Outros, no entanto, apontaram problemas de ritmo, pouco aprofundamento nas histórias dos participantes e a participação apagada de Ana Maria Braga.
Valmir Moratelli, da Veja, escreveu:“Edição acelerada, sem tempo para apresentar melhor cada participante e causar empatia junto ao público, além de uma apresentação insossa e apequenada de Ana Maria Braga... Sua presença poderia ser dispensável.”
Internautas reforçaram essa visão:
“Estava no hype do ‘Chef de Alto Nível’, mas me decepcionei... a Ana Maria foi o grande ‘diferencial’ da divulgação, mas mal aparece.” “A diva está escanteada. Poderia ter batido papo com familiares nos bastidores, explorado emoções nas deliberações dos chefs.”
Houve também críticas à presença de parentes logo no primeiro episódio e ao ritmo da narrativa, que para alguns, não permitiu conexão com os participantes.
Mas também teve elogio
Entre os elogios, o trio de jurados foi bastante celebrado:“A Globo acertou muito em chamar Alex Atala, Jefferson Rueda e Renata Vanzetto. Eles são carismáticos, firmes no que falam e justos nas escolhas.”
Outros defenderam o programa das comparações com o MasterChef:
“Os idiotas de plantão têm que parar de achar que todo programa de culinária é cópia do MasterChef... existem várias propostas diferentes.”
Mesmo com as divergências, o reality da Globo deixou claro que veio para causar — seja no paladar ou na opinião do público.
Comments