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Brasileira Juliana Marins, encontrada morta após cair em trilha de vulcão na Indonésia, fez o que era certo, diz montanhista.

  • Foto do escritor: Deyse Melo
    Deyse Melo
  • 24 de jun.
  • 3 min de leitura

Após quatro dias de buscas intensas no Monte Rinjani, corpo da jovem foi localizado por equipe de resgate. Aretha Duarte, especialista em expedições, afirma que Juliana agiu com responsabilidade ao contratar guia e agência, e critica falhas graves na condução e no resgate. Família denuncia abandono e desenformação.

Juliana Marins
Juliana Marins, de 26 anos, que se acidentou durante uma trilha no monte Rinjani, na Indonésia, foi encontrada morta nesta terça (24)

A publicitária brasileira, Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (24) após cair em um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A informação foi confirmada pela família, no quarto dia de buscas.

“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, declarou a família em comunicado.

A localização do corpo aconteceu após dias de dificuldades enfrentadas pelos socorristas, que tiveram que montar um acampamento avançado nas imediações da encosta. Juliana foi vista pela última vez com vida no domingo (22), através de imagens captadas por drone. Inicialmente, ela estava a 300 metros abaixo da trilha; no dia seguinte, foi localizada ainda mais abaixo, a 650 metros.

Juliana foi vista a 300 metros  da triha inicialmente
Juliana foi vista inicialmente à 300 metros abaixo da trilha - Foto: Reprodução | Internet

Natural de Niterói (RJ), Juliana era formada em Publicidade pela UFRJ e também atuava como dançarina de pole dance. Ela fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

O acidente e a denúncia de abandono

Juliana integrava um grupo de sete turistas acompanhados por dois guias. Segundo informações repassadas pela família, a jovem teria ficado para trás por estar exausta e foi deixada sozinha em um ponto da trilha.

“Juliana estava nesse grupo, porém ficou muito cansada e pediu para parar um pouco. Eles seguiram em frente, e o guia não ficou com ela”, relatou Mariana, irmã da vítima, ao Fantástico.

Em entrevista ao jornal O Globo, o guia Ali Musthofa, por sua vez, afirmou que deixou Juliana descansando, com o combinado de reencontrá-la mais à frente. “Na verdade, eu não a deixei, mas esperei 3 minutos na frente dela. [...] Percebi [que ela havia caído] quando vi a luz de uma lanterna em um barranco a uns 150 metros de profundidade e ouvi a voz da Juliana pedindo socorro. Eu disse que iria ajudá-la. Tentei desesperadamente dizer a Juliana para esperar por ajuda”, contou.

Informações Falsas

Apesar das promessas iniciais de que a brasileira teria recebido comida e água, a família afirma que as informações eram falsas. “Recebemos, com muita preocupação e apreensão, que não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana”, afirmou Mariana. A irmã ainda denunciou que vídeos divulgados como momentos de resgate foram forjados.

O próprio embaixador do Brasil na Indonésia admitiu ter repassado informações incorretas, baseando-se em relatos imprecisos das autoridades locais.

Especialista aponta falhas graves na condução da trilha

A montanhista profissional Aretha Duarte, primeira mulher negra latino-americana a escalar o Everest, avaliou que Juliana agiu com responsabilidade ao contratar uma agência e um guia para a trilha. Para ela, a jovem “pensou, sim, em segurança”.

Aretha Duarte, primeira mulher negra latino-americana a escalar o Everest
Aretha Duarte disse ao G1 que Juliana agiu com responsabilidade - Foto: Reprodução | Internet

“Ela pensou, sim, em segurança. Por ela ter escolhido uma agência, um guia, estar em grupo, eu entendo que sim, houve um mínimo de planejamento para ela realizar a atividade”, disse Aretha ao g1.

Aretha critica, no entanto, a conduta do guia. “A atitude do guia de se separar de um ou outro participante está incorreta. Se começaram em grupo, precisam terminar em grupo.”

A montanhista destacou ainda que o ritmo dos participantes pode variar, mas é responsabilidade do guia manter a coesão do grupo. “Se não é possível todo mundo manter o ritmo mais forte, todos precisam seguir o ritmo do mais lento para seguirem juntos e em segurança.”

Aretha também lamentou a lentidão do resgate: “O tempo realmente pode fazer a diferença entre a vida e a morte. [...] Era importante que a agência tivesse a responsabilidade pelas demandas referentes ao acidente, imediatamente”.

A morte de Juliana Marins levanta alertas sobre a segurança em trilhas internacionais e a responsabilidade das agências envolvidas na condução de turistas em ambientes de risco. A família da jovem cobra respostas e providências.

 
 
 

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