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Vitória: a coragem de uma mulher que disparou uma câmera contra o crime

  • Foto do escritor: Deyse Melo
    Deyse Melo
  • 19 de jun.
  • 3 min de leitura

"Baseado em uma história real, o filme estrelado por Fernanda Montenegro retrata a força de uma idosa que enfrentou o crime com uma câmera nas mãos e mudou o destino de uma comunidade."

Fernanda Montenegro no Filme Vitória
Fernanda Montenegro interpreta Nina no Filme Vitória - Foto: Reprodução | Globoplay

Aos 95 anos, Fernanda Montenegro assume o comando da tela como Nina, protagonista de Vitória, inspirado na extraordinária história real de Joana Zeferino da Paz, conhecida como “Dona Vitória”. Moradora da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, essa idosa não se intimidou perante a violência: com uma câmera VHS, começou a filmagem clandestina da movimentação de traficantes e policias corruptos diretamente de sua janela ­— um ato de coragem que se transformou em arma contra impunidade.

O arco de coragem de Nina

A narrativa apresenta Nina como uma mulher solitária, mas alicerçada por uma força inabalável — mesmo diante de ameaças, ela segue firme. Movida pela ética, não para até encontrar um jornalista disposto a acolher seu ato de bravura e transformar aquelas imagens em denúncia . Seu comportamento reforça a dimensão política de sua coragem: ao invés de recuar, Nina/Joana dispara uma câmera para capturar quem ousa fechar os olhos.

 Joana Zeferino da Paz
 Joana Zeferino da Paz, conhecida como Dona Vitória — Foto: Fábio Gusmão/Extra

📽️ Dez curiosidades sobre Vitória

1-Base real, retratada no livro


Adaptado do livro Dona Vitória Joana da Paz, de Fábio Gusmão, o filme é fiel à saga da idosa alagoana revelada pelo jornal Extra em 2005.

2-Pseudônimo protetor


“Dona Vitória” foi o codinome criado para garantir sua segurança no Programa de Proteção à Testemunha — ela viveu sob identidade falsa por 17 anos.

3-Fitas que quebraram silêncios


Com apenas oito fitas VHS, Joana documentou tráfico de drogas, armamento de menores e conivência policial. Imagens essas que resultaram na prisão de cerca de 30 pessoas.

Breno Silveira
O cineasta Breno Silveira falesceu em maio de 2022 - Foto: Reprodução | TV Globo

4-Por trás da coragem


A direção foi iniciada por Breno Silveira (de Dois Filhos de Francisco), que faleceu em maio de 2022. O bastão foi então passado para Andrucha Waddington, genro de Fernanda Torres.

5-Protagonista escolhida por ela mesma


A polêmica de escalar uma atriz branca para interpretar Joana negra ganhou contexto: a própria Joana desejava que fosse Fernanda Montenegro quem contasse sua história.

6-VHS como instrumento de justiça


A câmera, muitas vezes comparada a uma arma, é, no caso de Nina, o único “fuzil” que ela usou para combater os criminosos.

7-Mais de 700 mil espectadores
 Desde a estreia em 13 de março de 2025 nos cinemas, o longa já atraiu mais de 700 mil pessoas — a terceira maior abertura do ano no Brasil.

8-Trailer com cheiro de tensão


O trailer foi lançado em 23 de outubro de 2024 — a câmera de Nina, em vez de uma arma, define Vitória com uma força silenciosa, mas poderosa.

9-Abertura internacional


O filme esteve presente na abertura do Festival de Cinema Brasileiro de Paris, em 29 de abril de 2025.

10-Legado

Joana faleceu em fevereiro de 2023, aos 97 anos, sem assistir ao filme finalizado. Hoje, pichações – “Vida Longa a Dona Vitória” – pedem justiça e mantêm seu espírito vivo.


Eco nas redes: a repercussão no Reddit

No Reddit, usuários destacam como a câmera de Nina tomou ares de metralhadora:

“Adorei! Me emocionei… uma câmera é uma baita arma.”
“A Fernanda segura o filme muito bem.”

Outro ponto levantado envolve a questão da representação racial:

“…a própria Vitória falou que seria uma honra ser interpretada pela Fernanda Montenegro.”




Mais que um filme

No centro da narrativa de Vitória estão duas mulheres excepcionais: Nina, representada por Fernanda Montenegro, e Joana da Paz, a vida real que a inspirou. A coragem de Joana — simples, cotidiana e profundamente ética — revela que a câmera se torna o maior fuzil contra a injustiça quando há verdade, persistência e fé na democracia. Vitória é mais que um filme: é um tributo à cidadania transformadora e ao poder de uma mulher que, contrariando o silêncio, optou pela justiça armada com imagens.

Essa jornada de resistência merece ser vista com atenção — e, acima de tudo, com gratidão ao legado de coragem de Nina/Joana.


📚 Fontes consultadas

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