Público se divide com atitude de Padre Fabio de Melo após demissão de gerente.

Após reclamar do atendimento em loja de Shopping em Joinville, Padre Fábio de Melo voltou a se pronunciar sobre o caso. Demitido, ex gerente acusou o religioso de ter falado mentira sobre o que acaonteceu e teve resposta.

Padre Fábio de Melo - Foto: Reprodução | Instagram

Um caso que certamente viraria mais um número para engrossar as estatísticas de consumidores que denunciam mal atendimento no Brasil, se o principal nome envolvido não fosse Padre Fábio de Melo, que surpreendeu seus seguidores com uma publicação em que ele aparecia indignado com uma situação ocorrida em uma loja famosa de Joinville.
A repercussão foi grande, a loja se pronunciou e o gerente envolvido foi demitido pela empresa, que divulgou nota de desculpas. Mas engana-se quem acha que o caso parou por aí. O ex funcionário resolveu dar ao Metrópoles a sua versão e acabou acusando Pe Fábio de mentiroso.
Com mais esse capítulo da confusão, o religioso reagiu às declarações e o que já repercutia acabou dividindo a opinião pública…

O que aconteceu


Tudo aconteceu na loja Havanna do Shopping Joinville em Santa Catarina. Padre Fábio estava no local com amigos quando decidiram comprar doce de leite, mas ao se dirigirem ao caixa para pagar, o preço cobrado era maior do que o que estava estampado na estante. Mesmo questionada sobre a diferença de preço, a funcionária teria informado que o preço final cobrado no caixa era o correto. 
Conhecendo o código de defesa do Consumidor, Padre Padre Fábio argumentou que a lei determina que, em casos de cobranças diferentes, o cliente tem o direito de pagar o menor valor.
Sem solução, o gerente do estabelecimento,Jair José Aguiar da Rosa, de 36 anos, foi chamado, mas acabou surpreendendo com uma resposta seca, após ser informado do ocorrido. “O preço é esse, se quiser levar leva, e se não quiser não leva, o sistema não me permite fazer nisso”, disse o gerente.

Denúncia e demissão


Indignado com a forma como foi tratado, Pe Fábio publicou em seus stories um vídeo onde denunciava a situação, que gerou muitos comentários em toas as redes.
O resultado da repercução acabou sendo a demissão do gerente pela empresa. Em nota, a Havanna de Joinville informou que um pedido de desculpas foi formalizado, e que as medidas sobre essa ocasião estavam sendo tomadas no privado. “Estamos tomando medidas imediatas para que isso não volte a acontecer, e estamos revisando nossos processos internos para reforçar nossos padrões de atendimento”, esclareceu a empresa.
A Havanna também confirmou que o colaborador em questão não faz mais parte da equipe da unidade de Joinville.

Mais repercussão


Quem pensa que o caso foi resolvido após o pronunciamento da Havanna está muito enganado. Revoltado com a demissão, o ex gerente resolveu rebater as falas de Pe Fábio, acusando-o de ter mentido ao relatar a história.

Em entrevista ao Metrópolis, Jair afirma que foi demitido sem justa causa e que tudo não passou de um mal-entendido que foi atribuído de forma precipitada à sua conduta, sem que ele sequer tivesse interagido diretamente com o religioso.

O ex gerente revelou que está em estado de choque com toda repercussão e que a empresa preferiu proteger a imagem da marca, responsabilizando-o de forma indevida.

"Até sábado eu era um simples trabalhador, agora sou a notícia de um país todo. A Havanna Joinville e a Havanna Brasil simplesmente jogaram toda a culpa em cima de mim para proteger o nome da marca", declarou.



Segunda versão

Jair José conta que a situação teria acontecido quando um acompanhante de Fábio de Melo, e não o próprio padre, pegou dois potes de doce de leite em uma prateleira com o preço indicado de R$ 43,90. No caixa, o valor cobrado foi R$ 61,90 por unidade. 
Ele foi chamado pela funcionária para resolver a situação e constatou que a placa de preço estava em local confuso, mas com o valor correto. "Não é o padre que vai até o balcão fazer o pagamento, é esse rapaz de regata vermelha. Pode notar no vídeo também que quem questiona o valor não é o padre, e sim esse rapaz de regata vermelha, porque ele que foi comprar o doce. O padre só estava acompanhando ele", relatou.


De acordo com o ex gerente, ele teria seguido os padrões da franquia e não teria sido grosseiro. Disse que o consumidor teria se confundido com o posicionamento da plaquinha de preços. "Em momento algum eu falei que estava errado. Falei que o preço estava lá mas estava em posição diferente. Mas, como é possível perceber nas imagens, os preços não têm nome, têm só a numeração. Não tem nome para identificar o produto. E se não tem nome para identificar o produto, não sou eu o culpado, porque é uma padronização da marca Havanna Brasil", apontou o gerente.



Ao tomar conhecimento da demissão de Jair José, Padre Fábio publicou outro vídeo lamentando a demissão do funcionário, que poderia ter tido uma segunda chance. Mas enfatiza que não mentiu ao relatar o ocorrido.

Polêmica

A situação gerou polêmica nas redes sociais, dividindo a opinião dos internautas. "Um padre , saindo da academia acompanhado de amigos marombados, provoca a demissão de um trabalhador . Por que usar as redes ao invés de conversar com os envolvidos de forma civilizada e conciliatória para resolver o impasse sem dar tamanha publicidade em busca de likes?”, disse um, desaprovando a atitude de Padre Fábio. "O ego dele tirando o emprego de quem precisa”, declarou outro.
Mas muitos defendem a atitude do religioso. "O padre é cidadão e exerceu o seu direito, igual eu e você feriamos. Infelizmente, a loja decidiu desligar o funcionário em vez de assumir seu papel e investir em um treinamento mais eficaz. Mas vindo da Havana não surpreende este comportamento como a seus colaboradores.”Disse uma seguidora. "Gritar “O preço é esse, leva quem quiser”, diz mto sobre a falta de profissionalismo do gerente, independente se o cliente for padre, evangélico, espírita, etc. E é mto triste ver q o brasileiro está ainda há anos luz de entender q deve ser bem tratado, n só enquanto consumidor”, defendeu outro.