Antonia Fontenelle é condenada a pagar mais de R$ 1,6 milhão por exposição de Klara Castanho
- Deyse Melo
- 2 de jun.
- 2 min de leitura
Influenciadora é responsabilizada por danos morais e descumprimento de ordem judicial após live que revelou caso íntimo da atriz
De acordo com publicação da Contigo, a 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a sentença que condena a influenciadora Antonia Fontenelle por danos morais à atriz Klara Castanho. A decisão inclui o pagamento de R$ 50 mil à jovem atriz, além da confirmação de uma multa de R$ 1,6 milhão por descumprir uma ordem judicial ao manter no ar uma publicação ofensiva, mesmo após determinação para que o conteúdo fosse removido das redes sociais. O que aconteceu
O caso teve início em 2022, após Fontenelle fazer uma live em que expos um episódio extremamente íntimo e doloroso da vida de Klara Castanho. Na transmissão, a influenciadora tratou da história envolvendo estupro, gravidez e posterior entrega do bebê para adoção — fatos que nunca haviam sido divulgados voluntariamente pela atriz. Após a exposição, Klara se tornou alvo de uma onda de ataques nas redes sociais, agravando ainda mais seu sofrimento.
Fontenelle, em sua defesa, alegou que apenas comentou sobre informações já públicas e que não mencionou o nome de Klara em nenhum momento. No entanto, o tribunal entendeu que o conteúdo da live foi suficientemente claro para permitir a identificação da atriz, configurando uma violação de sua privacidade e dignidade.
Segundo o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o Judiciário concluiu que houve abuso da liberdade de expressão por parte de Fontenelle, cujo discurso teria alimentado diretamente a exposição indevida e o consequente abalo emocional de Klara.
A influenciadora não se pronunciou sobre a decisão até o momento. Já a equipe da atriz preferiu manter o silêncio, postura que tem adotado desde o início do episódio, priorizando a proteção de sua intimidade e bem-estar psicológico.
A decisão judicial reforça o entendimento de que a liberdade de expressão tem limites, sobretudo quando ultrapassa os direitos fundamentais de indivíduos em situações de extrema vulnerabilidade. O caso também acende um alerta para o comportamento de figuras públicas no ambiente digital e sobre a responsabilidade ao tratar de temas delicados.
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