Adriane Galisteu desabafa sobre relação com família de Ayrton Senna e promete: “Vou continuar sendo indigesta”
- Deyse Melo

- 16 de jun.
- 2 min de leitura
Apresentadora denuncia apagamento de sua história com Ayrton Senna, revela conflitos com a família do piloto e anuncia nova série documental para contar sua versão dos fatos.

A apresentadora Adriane Galisteu voltou a tocar em uma das feridas mais expostas de sua trajetória pessoal: o apagamento de sua história ao lado de Ayrton Senna. No mais recente episódio da segunda temporada da série documental Barras Invisíveis, do Universal+, ela falou abertamente sobre o incômodo que causa à família do piloto e a exclusão de produções que retratam a vida do tricampeão de Fórmula 1.
“Sofro um apagamento que não é de agora, é da vida inteira. Mas eles não vão conseguir me apagar. Podem contar uma história muito diferente da que vivi, mas estou viva para contar a minha versão“, afirmou Galisteu.
Durante o Rio2C, realizado no mês passado, a apresentadora anunciou que sua relação com Senna será o centro de uma nova série documental produzida pela HBO Max. O romance, que durou cerca de um ano e meio e terminou tragicamente com a morte do piloto em maio de 1994, no GP de San Marino, será abordado sob a perspectiva de quem viveu intensamente os bastidores do ídolo nacional.
“Quem viveu com o Senna 24 horas, dormiu, acordou, se divertiu, chorou, fomos eu e ele. Podem fazer o que quiser. Vou continuar sendo indigesta e está tudo bem“, declarou ela.
Segundo Adriane, a rejeição da família Senna veio a partir das mudanças que o piloto demonstrou durante o relacionamento com ela. “Só sabiam lidar com o Ayrton focado, metódico, sério, que só usava a roupa do patrocinador, com a mãe que fazia a mala dele. Nesse um ano e meio que ficamos juntos, vimos a família dele três vezes“, relatou.
Ela ainda revelou como a transformação de Senna impactou os familiares. “Nos reencontros, Ayrton estava com cabelo grande, barba por fazer… No auge da minha maturidade hoje, sei o quanto isso mexeu com eles. Porque eles conheciam um Senna de um jeito, e ao me conhecer, ele ficou de outro“, refletiu.
Mesmo com o distanciamento, Galisteu faz questão de preservar e reverenciar o legado do piloto. “A gente tem a obrigação de manter esse cara vivo. Todo mundo conhecia o piloto, o gênio, o dedicado, mas aqui a gente sabia como ele era fora das pistas. Senna era engraçado, simples. Ele era melhor ainda fora das pistas. Era também ciumento, ariano, briguento“, disse.
Em 2024, a série da Netflix sobre a vida de Ayrton Senna gerou polêmica ao citar rapidamente Galisteu. A apresentadora se emocionou com a repercussão e reforçou sua visão sobre a importância de preservar a história de Senna — mesmo que sua presença seja frequentemente minimizada.
“E eu sei, como artista também, que todos os artistas envolvidos deram o melhor e foram escolhidos a dedo para fazer o melhor. Foi tudo lindo e muito caprichado. Então, parabéns, parabéns… porque assim tem que ser mesmo, a gente tem que falar dessa história, a gente não pode nunca deixar essa história passar ou morrer. Mas vocês sabem também que eu nunca escondi que a história do Ayrton é muito maior do que o meu relacionamento com ele“, concluiu.












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